Do alto de casa vejo a cidade onde moro Morros, palacetes convivem ao seu modo
O corpo citadino é perfeição divina Cada pessoa é célula da cidade Cidades, células do mundo
Relógio perfeito o planeta passeia no pulsar de cada ser Inalterável tictac no vibrar de cada humano Independem da língua em que pulse a paz
Este, o sonho
II Aqui da tevê de casa, rádios, jornais mostram o mundo que se despedaça
Olhos da tevê mostram ao mundo olhos agônicos de crianças palestinas, israelenses, líbias, sírias afegãs, russas Todas outras que choram Olhos que são círios incendiados por mísseis
Olhos de Deus e de Alá Onde estão que não pacificam guerras?